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UJS sessão Bahia forma segunda maior bancada do Brasil no 59º Congresso da UNE

18 julho, 2023

O Comitê baiano da União da Juventude Socialista (UJS) formou a segunda maior bancada brasileira presente no 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), o maior encontro de estudantes da América Latina, que aconteceu entre 12 e 16 de julho, em Brasília. Os 400 militantes da Bahia se integraram ao movimento Bloco na Rua, da UJS nacional, presente em todos os estados, formando um grupo com 5.500 jovens unidos no Distrito Federal.

Para o presidente da UJS Bahia, Natan Ferreira, foi uma “gigante mobilização” que valeu à pena. “Tivemos diversas eleições para escolher delegados e delegadas do nosso estado e isso nos consolidou como a segunda maior bancada do Brasil dentro do Congresso da UNE. Uma vitória histórica para a Juventude Socialista e para o PCdoB, onde demonstra o nosso potencial, a nossa força organizativa, de mobilização e diálogo com os jovens baianos”.

Este foi o primeiro Conune presencial após a pandemia de Covid-19 – a última edição, em 2021, ocorreu de forma virtual – e também o primeiro depois de a esquerda retornar ao poder no Brasil após um ciclo de avanço conservador. “Debater o rumo da educação brasileira se torna essencial especialmente após esses quatro anos de destruição da nossa educação, de desmonte das universidades. E, hoje, nós temos como dever estar ao lado do presidente Lula para conseguir maximizar conquistas que são reivindicadas para os estudantes”, afirma Natan.

O Bloco na Rua, movimento da UJS que levou jovens socialistas ao encontro em Brasília, com 12 mil estudantes de todo o país, faz parte de um novo ciclo político de reconstrução nacional, de ampliação da democracia e valorização da universidade. “E o Congresso da UNE vem para garantir isso”, é o que acredita Natan. “Assim também como pensar uma reforma universitária, para conseguir materializar a permanência dos estudantes mais pobres nas universidades, assim como já conseguimos materializar o sistema de cotas, Prouni, Fies, políticas que permitiram que as universidades se tornassem mais popular, mais inclusivas e com a cara do povo”, continua.

O Congresso teve ainda a participação do presidente Lula, na quinta-feira (13), e do ex-presidente do Uruguai José Mujica, além de uma série de outras figuras políticas. A última vez que um presidente da República compareceu ao evento foi em 2009, quando o próprio Lula, durante seu segundo mandato, esteve no encontro estudantil. No evento, o presidente prometeu ampliar o número de universidades e outras instituições de ensino no país. “Nós vamos voltar a fazer mais universidades, escolas técnicas, mais laboratórios […] vamos outra vez colocar o pobre no orçamento da União”, garantiu.

 

Nova direção da UNE

Além de debater pautas sobre a conjuntura política, a educação e o próprio movimento estudantil, os estudantes também puderam eleger a nova diretoria da UNE e decidir coletivamente os rumos da entidade para os próximos dois anos. Na ocasião, Manuella Mirella foi eleita presidente da UNE pela chapa “Coragem e unidade: nas ruas pra reconstruir o Brasil” com 76,26% dos votos. Ela assume o lugar de Bruna Bellaz, de Manaus-AM. É a primeira vez na história da UNE que uma mulher negra passa a condução da entidade para outra mulher negra.

Manuella é pernambucana, estudante de engenharia ambiental na FMU e foi diretora de comunicação da entidade. Iniciou sua trajetória acadêmica na UFRPE, onde ingressou na universidade pelas cotas, atuou nas entidades de base e presidiu a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP). “Reconstruir o Brasil pelas mãos dos estudantes é a palavra de ordem. A luta é para recuperar a educação brasileira”, afirmou.

Segundo Natan, foi uma excelente escolha, tendo em vista que Manuella “tem no seu DNA a luta política. Tem uma linda história de luta em defesa do povo negro e estudantes brasileiros”, afirmou, parabenizando a nova presidenta da entidade.

 

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