O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim foi inaugurado nesta segunda-feira, dia 13, no bairro do Garcia, em Salvador. A iniciativa é uma parceria da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), sob a gestão de Ângela Guimarães, com a Secretaria da Saúde (Sesab). A unidade recebeu investimento de R$ 9,5 milhões.
Para Ângela, essa ação marca “um dia histórico” no combate à doença, atendendo a uma reivindicação da população, entidades civis e do movimento negro, “já que a doença falciforme é uma das condições genéticas e hereditárias mais comuns no mundo, sendo prevalente na população negra, apesar de não ser exclusiva”, explica a secretária.
“Para termos a ideia da importância do Centro para a população baiana, que é composta por 76% negros, a incidência da doença falciforme é de 1/650 nascidos vivos. Atualmente, mais de 12.400 pessoas são acompanhadas em serviços especializados no estado”, continua Ângela.
O Centro vai prestar assistência integral às pessoas com doença falciforme, qualificando os profissionais do Sistema Único de Saúde e estimulando o ensino e a pesquisa na área, além de realizar atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, ortopedia, hepatologia, oftalmologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social, assistência farmacêutica, endocrinologia, cardiologia e enfermagem.
A unidade ainda homenageia a ex-prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim, que tinha doença falciforme e faleceu em 2014, aos 51 anos, por complicações decorrentes da anemia falciforme.
“O Centro faz uma justa homenagem a uma militante histórica na luta contra as injustiças e também a gestora que instituiu um centro municipal para atenção às pessoas com doenças falciformes e maior investimento em saúde da população negra”, conclui Ângela.