Lideranças do bairro agradeceram à ex-vereadora pela criação do Circuito Riachão

Autora da lei que criou o Circuito Riachão, por onde desfila a tradicional Mudança do Garcia, manifestação popular do Carnaval de Salvador, a ex-vereadora Aladilce Souza (PCdoB) foi recebida, na noite de quarta-feira (2), por lideranças do bairro do Garcia, no restaurante Aconchego da Zuzu. Bruno Monteiro, atualmente secretário estadual de Cultura, compareceu e ressaltou a importância da reeleição dela para um quinto mandato, “dedicado à cultura, saúde, educação e todas as causas sociais”. Segundo ele, “Aladilce é uma vereadora necessária, porque sempre abraça as melhores causas”.

A cantora Cláudia Costa, uma das atrações da Mudança do Garcia, fez questão de prestigiar o encontro, assim como o presidente da entidade que promove a festa, Rodney Martins, que falou sobre a importância do Circuito Riachão. “Contamos com você mais uma vez na Câmara, Aladilce, para conseguir iluminação, sanitários químicos e segurança para o circuito, que atrai uma multidão e movimenta a economia do bairro”, disse Rodney.

Aladilce se comprometeu com a luta em defesa do circuito, “que merece ter um tratamento melhor por parte dos órgãos públicos, diante da importância que foi Riachão não só para a cultura local, mas nacional”. Muitas moradoras do bairro concordaram com a necessidade de eleger mais mulheres para a Câmara. “Podemos dizer que nossa cidade é o útero do Brasil, é a capital mais feminina. Representamos 54,5% da população, mas somos a maior parcela dos desempregados e subempregados, sem falar que é a cidade com maior contingente de mães-solo, que amarga os piores indicadores sociais entre as capitais”, alertou.

Sem ônibus

Representando a família Barroso, do Aconchego da Zuzu, falaram João, presidente do Núcleo de Apoio aos Militares Anistiados, e a irmã Maria. Eles destacaram o compromisso de Aladilce em contribuir para a melhoria não só do bairro, mas da cidade como um todo. E denunciaram, entre outros problemas enfrentados pela comunidade, a retirada de duas das três linhas de ônibus que circulavam pelo Garcia.

“Só tem uma linha agora e não entra até o final de linha. As pessoas são obrigadas a andar, na chuva ou no sol, subir ladeiras carregando peso, porque a prefeitura tirou os ônibus, mesmo aqui não tendo acesso ao metrô. Agora o som, que antes existia a Lei do Silêncio, não proíbem porque dizem que o bairro é boêmio”, desabafou Maria. Para ela, “Aladilce precisa voltar para a Câmara porque é séria e não entra na política para tirar proveito”.

Compareceu, também, o ex-vereador Javier Alfaya (PCdoB), autor da Lei do Silêncio. Secretário de Cultura do partido, defendeu a importância da eleição de Aladilce para ajudar a dinamizar a cultura de Salvador e dar voz aos segmentos sub-representados no parlamento, a exemplo das mulheres e dos trabalhadores.

***
Fotos: Filipe Roseira