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“Se o lucro é fabuloso, por que não chega ao trabalhador?”, questiona Augusto Vasconcelos em entrevista

6 março, 2025

Em entrevista à Rádio Metrópole, nesta segunda-feira (24), o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos, criticou a falta de investimento em ações voltadas para os trabalhadores informais do Carnaval de Salvador, como ambulantes, cordeiros e catadores. O secretário, membro do PCdoB, destacou que, apesar do lucro gerado pela festa, esse retorno não chega às categorias mais vulneráveis.

“Se o Carnaval gera um lucro fabuloso, por que esse lucro não chega na ponta? Não chega para quem está lá, exposto e sendo explorado”, questionou Augusto Vasconcelos. Ele ressaltou a necessidade de mais respeito e condições de trabalho dignas para os profissionais que atuam diretamente nas ruas durante o evento. “Ambulantes, catadores e cordeiros merecem mais. O governo do estado está fazendo sua parte, mas o município precisa assumir sua responsabilidade e não pensar apenas no lucro”, completou o secretário.

Além de reforçar a importância de garantir condições básicas de trabalho, como fornecimento de gelo e locais adequados para descanso e higiene, Augusto cobrou que os grandes patrocinadores do evento contribuam com melhorias para esses trabalhadores. “Por que não constroem centros de convivência ao longo do percurso ou oferecem equipamentos que garantam ao menos um local para uma criança descansar?”, indagou.

A gestão estadual, segundo o secretário, tem investido R$ 3,1 milhões para apoiar catadores de materiais recicláveis, com a instalação de 11 pontos de coleta seletiva nos circuitos do Carnaval. Além disso, será disponibilizado um centro de convivência para ambulantes e cordeiros, com o objetivo de garantir mais dignidade e qualidade de vida durante a folia.

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