O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando casos de assédio eleitoral na região Oeste da Bahia, onde há uma forte presença do agronegócio. A última denúncia foi contra o ruralista Adelar Eloi Lutz, que ameaçou de demissão eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em um áudio que o MPT teve acesso, Adelar ainda convoca outros empregadores a adotar as mesmas práticas e ainda ensina como exigir provas dos empregados do voto em Jair Bolsonaro (PL). As mulheres, por exemplo, deviam colocar escondido o celular no sutiã, para filmar o momento da votação.
Em setembro, outro caso envolvendo ruralistas da região chegou ao MPT. A empresária Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, também do Oeste, publicou vídeos pedindo que colegas fizessem levantamento entre funcionários e demitissem os que declararem apoio a Lula.
Segundo o Ministério, já foram registradas nove denúncias de assédio eleitoral no estado e há ainda outros seis casos sob análise. Em todo o País, já são 419 registros, número quase 100% maior que os 212 registrados na eleição presidencial anterior.