O 9º Encontro Sindical Nacional do PCdoB teve início na manhã da última sexta-feira (16). Cerca de 450 delegados comunistas, de 23 estados, participam das atividades no Fiesta Bahia Hotel, em Salvador (BA), que se seguiram até o sábado (17). “É o maior e mais representativo encontro sindical da nossa história”, comemorou Nivaldo Santana, secretário Sindical do PCdoB.
“Precisamos debater como fortalecer o Partido, que é o que sustenta o projeto emancipador da classe trabalhadora. Sem isso, a luta sindical não se sustenta.”, continuou Nivaldo.
Antes das exposições iniciais, os delegados do Encontro assistiram ao vídeo “Quem É, o que Quer e pra que Serve o Partido Comunista?”, produzido pela Escola de Socialismo do PCdoB. A mesa de abertura contou com a participação dos deputados federais Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Alice Portugal (PCdoB-BA).
Para Daniel, o movimento sindical, “decisivo na eleição de Lula”, deve continuar mobilizado. “Precisamos compreender os desafios para saber a melhor forma de superá-los. Este Encontro prepara o PCdoB para isso”. Ainda segundo o deputado, os trabalhadores devem lutar para melhorar a correlação de forças. “O presidente tem orientação de esquerda, mas a base do Congresso é da direita. Precisamos mobilizar nossas forças”.
Já para Alice Portugal, é preciso garantir uma atitude assertiva dos comunistas em relação à construção nacional. “Perdemos enormes direitos e precisamos recuperá-los. Derrotamos a extrema-direita e trouxemos um trabalhador para o poder – mas elegemos Lula e um Congresso contra Lula”, resumiu. A deputada afirmou que o movimento sindical deve usar seu “mar de influência” para fortalecer o PCdoB. “É uma tarefa revolucionária a de aproximar os trabalhadores ao Partido”.
Além de consolidar a derrota da direita e contribuir para o êxito do governo Lula na reconstrução do país, o secretário do PCdoB-BA, Aurino Pereira, chamou atenção para o fato de o 9º Encontro debater um ponto igualmente importante: a atuação dos comunistas na frente sindical e o revigoramento partidário.
“Tivemos um debate muito intenso sobre a atuação da classe sindical durante os desafios que enfrentamos nesse governo Lula, e principalmente no processo de revigoramento do partido”, afirmou Aurino, acrescentando que também é preciso discutir as perspectivas do momento atual, “mas também para daqui a 20 anos, para que os comunistas possam ser a principal força política para conduzir e dirigir a lutas dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso país”.
Também presente no evento, a secretária Nacional de Organização do PCdoB, Nádia Campeão, celebrou a participação dos mais de 450 trabalhadores e trabalhadoras vinculados à luta sindical. “Tem sido um encontro riquíssimo, que a gente não só debateu o contexto da luta política mais favorável que estamos vivendo, mas, principalmente, os desafios de como o PCdoB pode ser mais forte”, disse, seguida da secretária de Organização do PCdoB-BA, Marianna Dias, que acrescentou a satisfação pela participação feminina no evento. “A Bahia recebe o encontro sindical com muita alegria e a gente comemora também a presença de 33% de mulheres sindicalistas”, conta.
No Brasil, o Partido aponta um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho à estratégia socialista. Um desafio para o PCdoB. É o que aponta o presidente Nacional da CTB, Adilson Araújo, que também considerou o encontro “um marco histórico” para a vida do partido. “Eu diria que nós celebramos a confraternização do universo sindical de um partido que tem importante contribuição com o projeto de reconstrução do brasil”, disse. Seu discurso foi corroborado pela presidente da CTB-BA, Rosa de Souza, que acrescentou a importância de que “o movimento sindical ganhe força e cresça para influenciar também nos movimentos sociais”.