O presidente do PCdoB na Bahia, Geraldo Galindo, esteve presente em ato de defesa da democracia e contra o golpe, realizado na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (8), data em que completa um ano dos ataques antidemocráticos e danos a prédios públicos em Brasília, capital federal. Na ocasião, o líder da sigla no estado reafirmou o compromisso do partido com a democracia, e cobra a responsabilização pelos crimes.
“O 8 de janeiro deve ser lembrado como a data da resistência dos democratas brasileiros contra a ação dos golpistas, que, derrotados nas eleições, tentaram um golpe de estado para impor uma ditadura no país. Cabe agora a responsabilização e punição exemplar dos mentores do golpe, especialmente do ex-presidente Bolsonaro, comandante maior da intentona golpista”, afirma Galindo.
Também estiveram presente no ato a vice-presidente do PCdoB-BA, Daniele Costa, a secretária de Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães, a deputada estadual Olívia Santana, a ex-presidente do PCdoB de Salvador, Aladilce Souza, e a presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Bahia, Rosa de Souza, que utilizou o púlpito para reafirmar o compromisso das centrais sindicais com a luta pela democracia.
“Nós tivemos muitas ações, atos políticos, contra golpistas. Por isso, nós não poderíamos estar aqui, para dizer que a classe trabalhadora nunca sairá das ruas em defesa do seu país, nunca sairá da rua para uma vida mais decente para o brasileiro. Por isso, quero dizer aqui, viva a democracia! E viva o Brasil, o nosso país e viva a classe trabalhadora!”, falou.
Resistência
O evento ocorre um ano após os ataques do 8 de janeiro, em Brasília, que resultaram em danos em prédios públicos que foram vandalizados por cerca de 1,3 mil pessoas, a maioria ornamentada com símbolos em verde e amarelo. Elas foram presas acusadas de crimes, como tentativa de golpe de Estado – com alguns já condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Estas pessoas foram transportadas em ônibus de diversos lugares do Brasil rumo à capital federal, ultrapassaram cordões de isolamento e invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. Para reafirmar o compromisso dos brasileiros com a democracia, a data passa a integrar o calendário de manifestações.
Na ocasião, o governador Jerônimo Rodrigues comparou os atos do 8 de Janeiro com o golpe de 64. “Nós tivemos em 1964 um golpe que feriu direito das pessoas à individualidade. Agora em 2016, 2017, 2018 e, mais especialmente, no ano de 2022 a gente viu um forte ataque às instituições. Precisamos assegurar a história da democracia, porque é uma história jovem. O 8 de janeiro não é uma data para alimentar a discórdia ou a divergência entre dois lados de Brasil, pelo contrário. É a nossa resistência, numa casa como esta, da Assembleia Legislativa, junto com os movimentos sociais, entendendo o papel da Constituição e a sua aplicabilidade”, destacou Jerônimo.