Em uma plenária convocada pela Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), mais de 20 entidades do movimento social e sindical da Bahia se reuniram, na última quarta-feira (23/7), em Salvador, para discutir o conflito entre israelenses e palestinos, na Faixa de Gaza. No encontro, foram anunciadas iniciativas de apoio dos baianos ao povo da Palestina.
Os cerca de 60 presentes, de diferentes entidades, aprovaram a criação do Fórum Internacionalista em Defesa dos Povos Vítimas de Agressão Imperialista e Neocolonialista. Segundo Caio Botelho, integrante da Cebrapaz, o fórum tem por objetivo “tocar de forma mais permanente as lutas relacionadas à solidariedade internacional”.
Além disso, foi aprovada a realização de um ato pela condenação do genocídio praticado pelo governo nazisionista de Israel contra o Povo Palestino e em defesa do estado independente e siberano da Palestina. O ato foi marcado para a próxima quarta-feira (30/7), na Praça da Piedade, às 16h, com caminhada até a Praça Castro Alves.
“A plenária foi vitoriosa e representativa. É uma demonstração de que o povo brasileiro condena as agressões que o Estado de Israel vem promovendo contra o povo palestino. Agora é ocupar as ruas e ampliar o coro mundial contra esse massacre e pelo direito da Palestina existir enquanto Estado livre e soberano”, afirmou Caio Botelho.
Na Praça da Piedade, símbolo das lutas populares, as entidades vão acender velas em memória das vítimas do conflito e realizar intervenções artísticas para denunciar o massacre que já dura três semanas. Os organizadores pedem que os participantes usem roupas nas cores da bandeira da Palestina: branca, verde, vermelha e preta.
Um manifesto elaborado pelos integrantes do fórum será elaborado, além de uma moção de solidariedade, que será estendida a todas as vítimas da opressão de classe e de racismo, na Bahia, no Brasil e no mundo.
Conflito
A ofensiva dos israelenses contra a Faixa de Gaza – território palestino – tem sido considerada um massacre porque, desde o último dia 8 de julho, já deixa mais de 600 mortos, grande parte civis, incluindo crianças.
Os conflitos entre Israel e a Palestina são motivados pelas sucessivas ocupações de territórios palestinos pelos judeus, ao longo do tempo. O embate se prolonga muito por conta do fundamentalismo dos sionistas, uma força política de extrema direita apoiada e sustentada pelos EUA . Baseados no Antigo Testamento da Bíblia, eles acreditam que são o “povo escolhido por deus” e que aquela região foi reservada pelo senhor para acolhê-lhos.