Movimentos populares, coletivos de trabalhadores e representantes de partidos políticos fazem, nesta quarta-feira (25), com concentração da Estação da Lapa, região central de Salvador, um ato em defesa do povo palestino. Sob o mote “Basta de Genocídio!”, o protesto foi convocado pelo Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino, do qual fazem parte o PCdoB da Bahia e Cebrapaz-BA (Centro Brasileiro de Solidariedade Aos Povos e Luta Pela Paz), como forma de apoio às vítimas do massacre sionista no Oriente Médio.
O grupo faz duras críticas à forma como o governo de Israel tem atuado no conflito contra o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza. Segundo os manifestantes, existe um processo de limpeza étnica contra os palestinos. Para os líderes do movimento, a preocupação é reforçar que o protesto não é antissemita, mas de condenação aos ataques militares de Israel e de defesa da criação de um Estado palestino independente.
“Esse ato se soma aos demais que vem ocorrendo no Brasil e no mundo para demonstrar nosso sentimento de indignação diante do massacre promovido pelo sionismo contra o povo palestino”, afirma o vice-presidente do PCdoB-BA, Geraldo Galindo, acrescentando que o ato é para denunciar o que Israel faz há décadas contra os palestinos e pedir o fim da ocupação sionista.
Para a diretora do Cebrapaz-Ba, Ivone Souza, o movimento é uma forma de apoiar e se solidarizar com um povo oprimido e denunciar o genocídio que acontece na região. “Essa luta é contra esse genocídio, como estivesse dizimando, acabando com o povo, como eles estão fazendo de forma absurdamente cruel, destruindo hospitais, bombardeando regiões onde tem só moradias civis, cidadãos e mulheres. Então não tem como a gente não se indignar e se juntar, fortalecer nossas vozes para ecoar com mais força, denunciar”, afirma Ivone.
Em nota, o Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino denuncia “um país sob ocupação estrangeira”. “Essa é a realidade do povo da Palestina, que resiste à ocupação de sua terra e a violação de seus direitos pelas forças de Israel, que conta com o apoio dos EUA para cometer crimes de guerra contra civis, a exemplo dos recentes bombardeios na Faixa de Gaza. Os grandes canais da mídia, como de costume, mentem, deturpam e invertem valores. Terrorismo são as atrocidades cometidas todos os dias, há 75 anos, por Israel contra a Palestina, promovendo uma política de extermínio de um povo que teve suas terras invadidas”, denuncia.
O conflito:
De acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH), o número de palestinos mortos no brutal ataque de Israel ao ao povo palestino subiu para pouco mais de 5 mil nesta segunda-feira (23/10). Desse número, mais de 2 mil são somente crianças. Além disso, são mais de 15 mil palestinos feridos no conflito no Oriente Médio.
Com os 1,4 mil mortos em Israel, o total de baixas chega a pouco mais de 6,4 mil. Juntos, o número de feridos passa de 19,8 mil. A Agência da ONU ainda afirmou que ao menos 340 mil habitantes estão desabrigados na região em detrimento do conflito entre Israel e Hamas, e 2,4 milhões estão na situação de “deslocados”.