Após seis anos sem promover espaços nacionais, o Movimento Negro Unificado (MNU), que está para completar 36 anos de existência, realiza neste final de semana, em Salvador, o 17º Congresso Nacional. A abertura do evento ocorre nesta sexta-feira (15/8), às 19h, na Praça Pedro Arcanjo, no Pelourinho.
Nos demais dias de atividades, que acontecerão no hotel Vilamar, em Amaralina, participarão apenas os delegados do Congresso, que foram eleitos em assembleias estaduais em todo o país. Quinze estados do Brasil se mobilizaram e cerca de 150 delegados e delegadas estão sendo esperadas para congresso.
O Movimento Negro Unificado é uma das principais frentes de luta antirracista no Brasil, tendo exercido importante protagonismo na redemocratização do Brasil e em muitas de suas principais transformações sociais. As ações afirmativas implementadas, recentemente, no Brasil, são frutos da luta do MNU, cuja carta de princípios já apontava um caminho para a promoção da igualdade racial no Brasil.
O evento de abertura contará com a participação do Ilê Aiyê e do cantor Sine Calmon, além de uma cerimônia política com a presença de lideranças do movimento negro e dos movimentos sociais, de modo geral. O 17º Congresso do MNU irá eleger uma nova coordenação nacional, além de atualizar a plataforma política do movimento e organizar um cronograma das próximas ações.
História
Em 2014, o Movimento Negro Unificado faz 36 anos de história na luta contra o racismo e pela construção da igualdade racial. Era julho de 1978 quando um conjunto de negras e negros, militantes no combate à discriminação racial e as desigualdades, decidiram pela fundação de uma entidade que refletisse os desafios de ser negro à época. Assim nasceu o MNU, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo e junto com ele o “20 de novembro” como dia símbolo da imortalidade de Zumbi.
Fonte: MNU