Em 02 de agosto de 1989, há exatos 25 anos, morria um dos maiores cantores e compositores da música brasileira: Luiz Gonzaga. Nascido em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, em Recife, Luiz Gonzaga do Nascimento, também conhecido como o Rei do Baião, é uma referência quando o assunto é valorização dos ritmos nordestinos e cultura da terra.
Filho de Ana Batista de Jesus e Januário José dos Santos, o mestre Januário, desde menino já tocava sanfona. Sua primeira sanfona veio aos 13 anos. Depois disso, Luiz Gonzaga não parou mais.
Em 1929, por causa da desilusão de um amor proibido, ele foge para a cidade de Crato, no Ceará. De lá, segue para Fortaleza e entra para o exército. Já em 1933, lotado em Minas Gerais, é reprovado em um concurso de músico para o exército e vira o corneteiro da tropa. É aí que começa a ter aulas de sanfona com o soldado Domingos Ambrósio.
Ele deixa o exército e, em 1940, já no Rio de Janeiro, participa do programa de Calouros da Rádio Tupi e fica em primeiro lugar com a música “Vira e Mexe”. A situação começa a melhorar para aquele homem que trazia fortes raízes nordestinas em sua personalidade.
Sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário, ele é descoberto e vai para a gravadora RCA Vitor. Gravou o primeiro disco, o sucesso foi imediato. Outros discos foram gravados, mas o primeiro como sanfoneiro e cantor só veio em 1945, com a música “Dança Mariquinha”. Naquele mesmo ano, em 23 de setembro, nascia Gonzaguinha, seu filho com a cantora Odaléia Guedes.
Retorno às origens
Após 16 anos, Luiz Gonzaga volta à terra natal. Em Recife, apresenta-se em diversos programas de rádio. Talvez a mais famosa de todas as suas músicas, “Asa Branca”, é gravada em 1947, em parceria com Humberto Teixeira. A música retrata os danos causados pela seca no Nordeste e vira um hino para o povo nordestino.
Em 1980, Luiz Gonzaga canta para o Papa Paulo II, em Fortaleza. Canta em Paris a convite da cantora Nazaré Pereira. Sua vida segue com altos e baixos. Em 21 de junho de 1989, é internado no Recife. Em dois de agosto, vem a falecer.
Homenagem
Após 100 anos de seu nascimento, em 2012, foi lançado o filme “De Pai Para Filho”, que narra a relação entre Gonzaga e Gonzaguinha. Durante toda sua vida, Luiz Gonzaga mostrou ao resto do país as injustiças e sofrimento do povo nordestino. Apresentou também a alegria do seu povo em uma época em que as pessoas não conheciam o xaxado, xote e o baião.
Entre suas músicas de maiores sucessos estão “Baião” (1946), “Siridó” (1948), “Juazeiro” (1948), “Qui Nem Jiló” (1949) e “Baião de Dois” (1950).