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Morro do Chapéu: Lideranças do PCdoB-BA se manifestam após ataques da prefeita a educadores/as

4 janeiro, 2024

O vereador de Morro do Chapéu, Luciano Lula, a deputada federal Alice Portugal e a APLB no município se manifestaram contra os ataques da prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo, aos trabalhadores e trabalhadoras da educação e crianças. Durante uma live feita às vésperas do final de 2023, a chefe do executivo municipal afirma que a “a vida mansa acabou”, ao se dirigir aos professores que dão aulas a alunos pequenos.

Após o ataque direto aos professores e afirma que a vida mansa acabou, Juliana ainda ameaça, e diz que não é para falarem dela “feche a boquinha que é melhor tá bom bebês, para o ano, é crime, é crime eleitoral vocês ofenderem a mulher, lembrando que eu sou pré-candidata e vocês não podem me ofender, porquê é crime federal”.

Diante do escárnio, membros do PCdoB na Bahia e APLB também utilizaram suas redes sociais para repudiar o caso. Alice Portugal ofereceu “integral apoio aos professores de Morro do Chapéu”, e lembrou: “Ameaça, tentativa de desmoralização profissional, campanha eleitoral antecipada também são crimes!”. A APLB no município emitiu nota de repúdio. Segundo a entidade, o “deboche” da prefeita, em “mais um discurso infeliz evidencia a total falta de conhecimento sobre o processo educativo”.

Quilombola e grande defensor da educação no município, o vereador Luciano Lula também emitiu nota de repúdio sobre o caso. “Em um país onde há uma infeliz crescente violência contra o professor e corpo escolar, falas como essa são inadmissíveis!”, disse o vereador em nota. “Será que quem afirma que professor não trabalha, acertaria dar aula para mais de 30 alunos numa única sala de aula, com carga horária intensa e salário baixo?”, questiona o edil.

O vereador, em julho de 2023, também havia denunciado a mesma prefeita pelo fechamento de uma escola na comunidade Quilombola de Velame. A unidade existia há 37 anos e, de acordo com o vereador, não houve manifestação de órgão normativo de educação, conforme consta na Lei 12.960, de 2014, que versa sobre o fechamento de escolas rurais, indígenas e quilombolas.

“O Conselho Municipal de Educação sequer foi ouvido, o Ministério Público sequer se manifestou”, denunciou na época. “A escola sempre esteve ativa contribuindo diretamente com a educação morrense, com o calendário cultural e com o empoderamento do seu povo, fortalecendo o autorreconhecimento, autoestima e criando cidadãos críticos, reflexivos e sabedores dos seus direitos”, defende. A unidade, no entanto, segue fechada.

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