Primeira prefeita comunista eleita no Brasil e ministra da Ciência e Tecnologia do governo Lula, a presidenta Nacional do PCdoB Luciana Santos encontrou em sua gestão um grande desafio: enfrentar o sucateamento sofrido na área nos últimos quatro anos, marcado por negacionismo, desinformação e cortes bruscos na pesquisa. Em 2021, o setor chegou a sofrer um corte de 87%.
Em entrevista à revista Marie Clair desta semana, edição de comemoração do Dia Internacional da Mulher, Luciana pôde falar sobre sua atuação e ações para a melhora da vida, sobretudo das mulheres, frente à Pasta.
“Essa gestão vai honrar as milhares de mulheres que produzem e pesquisam nesse país, sua luta por respeito, inclusão e valorização. Essa gestão vai honrar a luta antirracista e a luta das pessoas negras por espaço na pós-graduação e no campo de pesquisa”, declarou Luciana, reforçando seu discurso de defender políticas afirmativas para garantir o ingresso e a permanência de grupos minorizados na ciência brasileira.
Ainda no início de março, em razão do Dia da Mulher, a ministra também anunciou que vai nacionalizar o programa Futuras Cientistas, criado Centro de Tecnologias do Nordeste, em Recife, para facilitar o acesso de alunas do Ensino Médio às carreiras científicas.
“Só há dois caminhos para superar a desigualdade de gênero. O primeiro é com a elevação do nível de consciência da opressão e o segundo, com a vontade política de Estado. E aqui não falta vontade”, declarou a ministra, que também é responsável pelo aumento em 40% das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), congeladas desde 2013.