Após a vitória de Lula no segundo turno das eleições, no último domingo (30/10), o presidente da China, Xi Jinping, enviou uma mensagem ao novo presidente do Brasil para parabenizar e também para manifestar que o país asiático está ‘pronto para trabalhar em prol do fortalecimento das relações China-Brasil e elevá-las a outro nível’. Considerada um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a China enfrentou diversas crises com o governo Bolsonaro, incluindo os ataques à vacina chinesa, que era o principal imunizante aplicado no Brasil, naquele momento da pandemia.
Mas Xi Jinping não foi o único. Desde o fim das eleições, mais de 90 lideranças mundiais já parabenizaram e reconheceram a vitória de Lula. Entre ele, estão também o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; Emmanuel Macron (França); Miguel Díaz-Canel Bermúdez (Cuba); primeiro-ministro de Portugal, António Costa; o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Até mesmo os presidentes de Rússia e Ucrânia, que estão em conflito, apoiaram Lula. Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky falaram em parcerias com o Brasil.
Até mesmo nomes aliados do presidente derrotado Bolsonaro já fizeram contato com Lula, a exemplo do príncipe da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman; o governo dos Emirados Árabes Unidos, também com amplos contatos com a família do presidente; e Giorgia Meloni, a recém-empossada primeira-ministra da Itália, de extrema direita.
A celebração e o respeito das lideranças mundiais à mudança no Brasil expõem não só o isolamento que sempre esteve o governo Bolsonaro, mas também o prestígio que Lula ainda possui na comunidade internacional, mesmo doze anos após deixar o governo. O novo presidente do Brasil foi convidado a participar, mesmo antes da posse, da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP27, que vai acontecer entre os dias 7 e 18 deste mês, no Egito.