por André Cintra

A presidenta do PCdoB e ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, assumiu nesta quinta-feira (1/2) a presidência da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), formada por PT, PCdoB e PV. Conforme acordo de rodízio entre os partidos, Luciana substitui a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que estava à frente do bloco desde sua fundação, em abril de 2022.

“As federações são um avanço importante para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia no nosso país”, afirmou Luciana. “Neste ano de eleições municipais nos debruçaremos sobre a missão de construir a unidade e ampliação do nosso campo, pensando as cidades e o melhor para nossa gente. Avante!”

Caberá ao PCdoB assumir a presidência de todas as instâncias do bloco (nacional, estadual e municipal). Em qualquer instância, as decisões da Federação serão tomadas por consenso. Uma resolução da Executiva Nacional, aprovada também nesta quinta, normatizou a organização e a forma de funcionamento das comissões provisórias da FE Brasil nos estados e municípios.

“As federações permitem um debate permanente de posições e construção de unidade. Então é um avanço para a democracia brasileira”, diz Luciana Santos. Segundo a nova presidenta da FE Brasil, os três partidos trabalham por um cenário “que favoreça as forças populares, progressistas e democráticas” nas eleições 2024, em contrapondo ao crescimento da extrema-direita no País”.

Uma Assembleia Geral da FE Brasil está prevista ainda para fevereiro, mas as comissões provisórias já podem se organizar ou fazer a transição. Para disciplinar as atribuições dessas comissões na eleição municipal, a Executiva Nacional fará uma resolução específica, com foco no calendário e nos procedimentos a serem adotados.

Esta será a primeira eleição municipal desde a criação das federações partidárias – uma proposta liderada pelo PCdoB e aprovada no Congresso Nacional em 2021. No pleito de 2022, a Fe Brasil elegeu quatro governadores, quatro senadores, 81 deputados federais e 156 deputados estaduais. Seu principal feito, porém, foi a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, derrotando Jair Bolsonaro (PL).