A deputada federal Alice Portugal, após tomar ciência do risco de fechamento do Cento de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares, reivindicou audiência com o prefeito de Salvador para discutir a permanência das atividades da casa. O pleito foi assinado junto com a deputada Lídice da Mata (PSD). O encontro, pedido com urgência, tornou possível a continuidade dos atendimentos do Centro, notícia celebrada pela parlamentar comunista.

“As nossas reivindicações foram atendidas. O Centro vai continuar funcionando e com o mesmo nome, Loreta Valadares, a precursora na luta pelos direitos da mulher na Bahia”, comemorou Alice. As atividades da unidade acontecerão temporariamente na Casa da Mulher Brasileira, na Av. Tancredo Neves, até que se consiga um outro imóvel adequado no centro da cidade.

Ainda segundo a parlamentar, o prefeito nos garantiu ainda a implantação de um quarto centro de atendimento à mulher em Salvador. “Sugeri que esta nova unidade leve o nome de Antônia Garcia, socióloga, militante do movimento negro e feminista, que nos deixou precocemente, em 2021. Isso também nos foi garantido, assim como a reativação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher”, afirmou.

Além das parlamentares Alice e Lídice, também participaram da audiência representantes do Fórum de Mulheres, entre elas da União Brasileira de Mulheres na Bahia, e do Grupo de Trabalho Sobre Feminicídio na Bahia. Também estiveram presentes na reunião a diretora do Sindisaúde-BA, Aladilce Souza, e o vereador Augusto Vasconcelos, além de Roseli Oliveira, do mandato Pretas Por Salvador.

Funcionamento

As mulheres que sofrem com a violência doméstica podem receber amparo no Centro de Referência Loreta Valadares, com sede nos Barris, em Salvador. Com a permanência do Centro, a sede funcionará momentaneamente na Casa da Mulher Brasileira, na Avenida Tancredo Neves.

Aquelas que estão em dúvidas se estão em alguma situação de violência, ainda que psicológica, também podem procurar o serviço. Além do atendimento na unidade dos Barris, o Centro dispõe de uma casa totalmente equipada para receber as mulheres em situação de violência, com ameaça, que precisam sair de suas casas. Aquelas que precisam do amparo ficam 15 dias na casa e podem levar seus filhos.