No programa de rádio “Conversa com o Governador” desta semana, o governador Jaques Wagner falou sobre a participação da Bahia na Copa do Mundo, que foi avaliada por ele como de “grande sucesso”. “Sinceramente, só temos o que comemorar. Acho que é uma vitória do povo brasileiro, essa que está sendo chamada de a Copa das Copas”, afirmou.
Wagner lembrou que, aproximadamente, três bilhões de pessoas em todo o mundo acompanharam as partidas que aconteceram na Bahia, o que pode gerar um grande retorno para o turismo local. Além de sediar seis jogos do mundial, o estado também recebeu centros de treinamentos de três seleções, instalados em municípios do interior. Confira os principais trechos.
Dever cumprido 
O primeiro sentimento é o de dever cumprido. Graças a Deus, conseguimos cumprir a nossa tarefa na Bahia. Em Salvador, correu tudo bem. O Governo do Estado cumpriu a sua missão, está aí o metrô que funcionou nos dias de Copa, a segurança recebeu nota dez e a Arena Fonte Nova, na avaliação de torcedores do Brasil e do mundo, através de pesquisa feita na UOL, obteve o primeiro lugar como a arena mais bonita, a arena que eles se sentiram mais seguros. Realmente, foi um espetáculo, foram jogos muito bons. Apenas no último jogo nós não tivemos gols no tempo regulamentar nem na prorrogação. Mas, de qualquer forma, o resultado foi 4 a 3, também uma goleada, com a disputa de pênaltis.
Gol Verde
No total, nós temos aí perto de 35 mil árvores que vamos plantar nas reservas ambientais do estado, com aquele programa que nós lançamos através da Secopa, que é o Gol Verde – para cada gol marcado aqui na nossa arena, o Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, vai plantar 1.111 árvores. As pessoas sempre me perguntaram – por que 1.111? Porque, segundo os agrônomos, 1.111 é o número de árvores que cabem em um campo de futebol. Como foram muitos gols aqui, nós vamos plantar perto de 35 mil ou um pouquinho mais na nossa reserva. Esse é um outro legado, outro presente que a Copa deixa para a Bahia, além de turistas que vieram aqui, a alegria, as festas no Farol da Barra, o São João no Pelourinho que foi aproveitado pelos turistas. Então, eu creio que nós só temos o que comemorar.
Capacidade e hospitalidade
Não tenho dúvida de que mesmo aqueles que eram mais descrentes, se dobraram e se convenceram que foi um grande evento. O Brasil e os brasileiros mostraram a nossa pluralidade, mostraram a nossa diversidade, mostraram a nossa hospitalidade e a capacidade da nossa gente de organizar um grande evento. Eu acho que o Brasil foi visto por dois, três bilhões de pessoas no mundo inteiro. Salvador também. Acho que é uma vitória do povo brasileiro essa que está sendo chamada como a Copa das Copas. A imprensa internacional, 40% votou como a melhor Copa dos últimos tempos, seguido da Copa na Alemanha, com 20%. Como a gente já esperava, todo mundo se vestiu de verde e amarelo, torcendo pelo Brasil, torcendo para passar pela Alemanha e levantar o caneco no Maracanã, agora em terras brasileiras, pela sexta vez.
Povo baiano faz a festa
Considero que foi positivo na mobilidade, na segurança, na hospitalidade. É muito bom para o pessoal de hotel, de bar, de restaurante, de táxi, porque o movimento cresce muito. Até do ponto de vista da economia é um resultado extremamente positivo. Nós ainda tivemos o benefício que três seleções ficaram sediadas na Bahia – a Croácia, na primeira etapa aqui em Mata de São João, em Praia do Forte, e lá em Santa Cruz Cabrália e em Porto Seguro, onde ficaram a Alemanha e Suíça. Então, até fora de Salvador, onde houve a concentração maior, nós tivemos consequências positivas da Copa do Mundo – o aeroporto funcionou a contento, então eu só tenho a comemorar junto com vocês, porque quem faz a festa é o povo baiano, é o povo brasileiro, e nós demos as condições para que tudo acontecesse da melhor forma possível.
Novos equipamentos para a segurança pública
Naquele item que mais nos preocupa, que é a questão de segurança, também ganhamos, porque muitos equipamentos como câmeras de vídeo, de monitoramento, equipamentos que foram comprados pelo Governo Federal, pelo Ministério da Justiça e doados ao Governo do Estado, eles permanecem aqui. Então, esse será mais um legado da Copa: nós ficamos com mais equipamentos para que a gente possa continuar a nossa batalha contra o crime, pela paz, dentro da área de segurança pública.