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Ilê Aiyê recebe homenagem na Assembleia pelos 40 anos

8 agosto, 2014

A Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA) realizou, na última quinta-feira (7/8), uma sessão especial em homenagem aos 40 anos do bloco afro Ilê Aiyê. A sessão reuniu o presidente Antônio Carlos Vovô, filho de Mãe Hilda, e outros integrantes do bloco, além de representantes do poder público e de outras entidades ligadas ao movimento negro.
Durante a cerimônia, Vovô agradeceu a homenagem e disse que, apesar das quatro décadas de movimento, a luta do Ilê Aiyê para valorizar o negro e contra o preconceito racial ainda está longe de acabar. “As formas de racismo vão mudando e, assim, vamos mudando também nossa forma de lutar, mas a base de tudo sempre foi e sempre será a educação”.
O presidente da entidade explicou que o Ilê sempre trabalhou para melhorar a  autoestima e elevar a consciência da população negra da capital baiana – considerada a cidade mais negra fora da África. “Por isso, nossas músicas contam as histórias do povo negro”.
Fundado no  no dia 1º de novembro de 1974, no Curuzu, Liberdade, o Ilê herdou os fundamentos e princípios do candomblé, como a compreensão da convivência social, o respeito aos mais velhos e o aproveitamento da simbologia para suas canções, toques, adereços e figurinos, sem ferir os fundamentos religiosos.
O bloco nasceu no espaço sagrado do Terreiro de Candomblé de nação gêge-nagô Ilê Axé Jitolu, sob o comando de Mãe Hilda dos Santos, falecida e substituída pela ialorixá Hildelice Benta dos Santos, sua filha biológica. Já o movimento rítmico musical deflagrado pelo  bloco na década de 70 foi responsável por uma revolução no carnaval baiano.
A homenagem aos 40 anos do Ilê Aiyê foi proposta pelo deputado Euclides Fernandes, do PDT.
 
Colaborou Ascom/AL-BA

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