Notícia

Frentistas rejeitam proposta e reafirmam estado de greve na Bahia

16 julho, 2014

O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) realizou assembleia geral da categoria, na sede da CTB-BA, quando foi rejeitada, por unanimidade, a proposta patronal de reajuste salarial de 6,6%. Os trabalhadores reafirmaram o estado de greve e agendaram uma nova assembleia para 25 de julho, que deverá aprovar a deflagração do movimento para o dia 05 de agosto.

“Não temos nada a perder; não é justo receber um salário beirando o salário mínimo, vamos à luta, construir a greve e se for o caso, vamos até o dissídio, porque o Sindicato não aceita esta proposta indecente e nem vai assinar nenhum acordo que não seja para melhorar a vida de todos nós”, declarou o presidente do Sinposba, Antonio José.

Todos os oradores repudiaram o descaso patronal em não querer discutir a pauta de reivindicações, que contém o reajuste salarial, o plano de saúde, a revisão de injustiças, o desrespeito em relação ao desconto nos salários dos trabalhadores dos assaltos e o pagamento decente dos domingos trabalhados.

Antonio José foi enfático em afirmar a mesquinhez dos patrões que rejeitam a proposta de contratação do plano de saúde coletivo há 12 anos, que só querem negociar o reajuste salarial com reposição da inflação, bem como o desrespeito ao apresentarem uma proposta indecente de aumento real.

O advogado do Sindicato, Carlos Lyra, explicou detalhadamente a Lei de Greve e o respeito aos prazos para que o processo seja legal e reconhecido pelo Tribunal Regional do Trabalho. Ele reafirmou que o Jurídico da entidade estará a postos para combater qualquer tentativa de represália à luta da categoria.

A assembleia contou com a presença de Rosa de Souza, vice-presidente licenciada da CTB Bahia, e dos diretores do Sinposba.

Representatividade

A presença de trabalhadores em postos de combustíveis representando as redes de Salvador fez da assembleia a mais representativa dos últimos anos. Os depoimentos dos trabalhadores demonstraram suas indignações diante das humilhações, injustiças e desrespeito praticados pelo patronato. Os empresários não aceitaram a proposta do Ministério Público do Trabalho – MPT de oferecer reajuste salarial de 9%, ajuda com a alimentação e implantação do plano de saúde.

Fonte: CTB-BA

 

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