As histórias do exílio do ex-presidente João Goulart, mais conhecido como Jango, que teve o mandato cassado pelos militares, em 1964, estão sendo recontadas no Teatro Vila Velha, em Salvador, pelo espetáculo “Jango: uma tragedya”. Apresentada de quinta a sábado, às 20h, a peça é baseada no texto do famoso cineasta baiano Glauber Rocha.
No espetáculo, Jango aparece ao lado de outros personagens emblemáticos da época, como Leonel Brizola, Carmem Miranda, Elizabeth Taylor e Francisco Julião. Essa é a segunda montagem do texto de Glauber, único escrito exclusivamente para o teatro – a primeira aconteceu em 1996, no Rio de Janeiro, pelo diretor Luiz Carlos Maciel.
“Jango: uma tragedya” integra a 3ª Bienal da Bahia, que acontece até o dia 7 de setembro. Dirigida pelo encenador Marcio Meirelles, a montagem tem no elenco atores do Vila Velha, preparação de elenco de Bertho Filho, coreografia de Cristina Castro e direção musical do Tropical Selvagem (Ronei Jorge e João Meirelles).
A peça também celebra os 50 anos do Teatro Vila Velha, que nasceu no ano do Golpe Militar de 1964 e se transformou em um espaço de crítica e resistência ao regime autoritário na Bahia.