Com apoio da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), aconteceu, nesta sexta (12), a Conferência Livre Estadual de Saúde da População Negra. O evento foi realizado na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Campus Cruz das Almas, com o tema “A Bahia que queremos: por um SUS sem racismo”.

Em discurso durante abertura do encontro, a secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, destacou a importância da Conferência. “Embora a gente ouça falar do Conselho Estadual de Saúde há muito tempo, do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra há muito tempo, nada disso veio de mão beijada. O sus até 1988 não existia. Foram preciso motins, passeatas, seminários, presença no Congresso Nacional […] uma grande articulação da população negra para que existisse o maior sistema único, universal, gratuito, socialmente referenciado, com instâncias de controle de participação social e com financiamento regular, para ser assegurado em Constituição”, afirma a secretária.

“É motivo de celebração essa Conferência ser palco de todas essas conquistas aqui”, continuou Ângela, durante o evento cujo mote foi reunir representantes da área para discutir a promoção da saúde integral da população negra, priorizando o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS. “É tudo à base de muita luta, avanços, retrocessos, resistência e possibilidade de juntar cada vez mais gente”, continuou a gestora da Sepromi.

Além da Sepromi, a Conferência tem o apoio da Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis (ESP/BA), União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme (ABADFAL), Associação de Pesquisadores Negros da Bahia (APNB), Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia (CDCN), Fórum Nacional de Mulheres Negras, Rede Afro LGBT, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.