Nada menos que 174,8 toneladas de material reciclável foram coletados pelos catadores e catadoras durante o Carnaval de Salvador, o que representa aproximadamente 17% a mais que resultado obtido em 2023 dentro do projeto EcoFolia Solidária, uma iniciativa do Governo da Bahia, sob coordenação da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) em parceria com as Secretarias do Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR) Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e de Políticas para as Mulheres (SPM).
O secretário da Setre, Davidson Magalhães, destacou a potência da iniciativa em um balanço que considerou “muito positivo”. “No que se refere ao projeto que nós coordenamos, o EcoFolia Solidária, ele vem se consolidando como grande instrumento de geração do Trabalho Decente e de acolhimento desta população vulnerável que são as catadoras e catadores. Este ano, os resultados foram muito positivos”, avaliou.
Foram 101,2 toneladas de alumínio e outras 73,5 toneladas de plástico/pet interceptados pelos catadores nas ruas. Essa quantidade de material reciclável gerou renda aproximada de R$ 580 mil, distribuídos entre os 2.437 catadores e catadoras atuantes na folia, conforme a produtividade individual.
Este ano, foram montadas 10 centrais de coleta nas adjacências dos circuitos Dodô, Osmar e Mestre Bimba, coordenadas por 16 cooperativas, para onde os catadores levavam o material reciclável catado. Após a pesagem, o catador recebia na hora, em dinheiro, pelo quilo do material catado. Agora, todo o material recolhido será armazenado pelas cooperativas que aguardarão o melhor momento para comercializá-lo com as indústrias que reaproveitam o plástico e o alumínio.
O investimento no projeto este ano foi de R$ 3,2 milhões, 130% a mais que em 2023, quando foram destinados R$ 1.393 milhão para a ação.
“O principal projeto que fazemos [durante o Carnaval] é o EcoFolia Solidária. Foi um sucesso. O número de trabalhadores foi cerca de 32% a mais que no ano passado. Em 2023 eram 1840, esse ano foi 2.437 trabalhadores [catadores]. A tonelagem de materiais retirados do circuitos, nós saímos de 149 toneladas para 174 toneladas, um aumento de 17%, que é, então, uma coisa que está se consolidando cada vez mais o EcoFolia Solidária como grande instrumento de geração do Trabalho Decente e de acolhimento desta população vulnerável que são as catadoras e catadores”, continuou Davidson.
O projeto ofertou aos catadores fardamento adequado (calça, camisa, boné), produzido pela Cooprede de Feira de Santana, EPI’s (botas e luvas), mochila produzida por empreendimento solidário e equipe técnica para execução da ação durante a folia. Durante os dias de Carnaval, foram realizadas visitas às centrais de coleta com representantes da Setre, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-5) e Ministério Público do Trabalho (MPT-Ba) para acompanhamento das ações e bem estar dos catadores e cooperados.