O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), participou de uma audiência com o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, na última terça-feira (30/05). Na ocasião, o parlamentar apresentou a falência da reforma trabalhista, aprovada ainda no governo Temer, e mantida por Bolsonaro, sem gerar emprego e renda para os brasileiros.
Para Daniel, a reforma deve ser revogada, porque não trouxe os resultados anunciados. “Há quatro anos e meio entrou em vigor a reforma trabalhista. O discurso, à época, é que ela viria para gerar emprego, mas nós sabíamos que era uma falácia e denunciamos. E o que se verificou nesses quase cinco anos é que a participação do salário na economia diminuiu, o emprego precário e o subemprego aumentaram, diminuiu o ganho do salário nas convenções coletivas de trabalho”, disse.
O Brasil possui quase 12 milhões de pessoas desempregadas. Três em cada dez brasileiros nesta situação estão à procura de recolocação no mercado de trabalho há mais de dois anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meados de maio.
O questionamento do deputado do PCdoB, no entanto, ficou sem resposta. O ministro focou sua atenção ao debate sobre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante o debate na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), José Carlos Oliveira afirmou, ao lado do presidente do INSS, Guilherme Serrano, que o governo pretende eliminar, até o fim do ano, a fila de 1,6 milhão de benefícios represados.
O sucateamento do INSS também foi abordado pelo deputado Daniel Almeida em sua fala. O parlamentar cobrou um posicionamento político do atual ministro, que tentou se esconder no discurso do cargo técnico. “A fila para ter acesso aos serviços previdenciários é um problema antigo, vem de longe. Nos últimos 4, 5 anos a fila só aumentou. Tem muita gente com direito à aposentadoria e não acesso a ela. Quais as medidas adotadas para fazer a prestação do serviço que a população tem direito? E a modernização? O concurso? Os direitos dos trabalhadores? Se esses problemas não forem tratados ficaremos no meio do caminho, vamos enxugar gelo”, afirmou.
Com Ascom/Daniel Almeida