O Ouvidor-Geral da Câmara Municipal, vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), formalizou questionamentos, nesta última terça-feira (12), à Secretária Municipal Ana Paula Matos, solicitando explicações do órgão sobre o encerramento das atividades no Centro de Parto Normal (CPN) Marieta de Souza Pereira, localizado na Mansão do Caminho. O mesmo pedido também foi encaminhado à secretária Roberta Silva da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Em um trecho do documento, a Ouvidoria questiona “quais foram os fundamentos adotados para esta decisão, bem como sugerimos que seja considerada a possibilidade de eventual implementação de condutas menos severas antes do fechamento definitivo da unidade”.

No ofício, é também solicitada uma análise rápida da decisão, levando em consideração os prejuízos e impactos que ela pode ter sobre a população. “Peço um esforço conjunto das duas secretarias para evitar o fechamento dessa unidade que tem sido referência em parto humanizado e contra a violência obstétrica”, afirmou Augusto em pronunciamento na Câmara.

A unidade, que prestou serviços por 12 anos anunciou recentemente que a partir de 20 de setembro (quarta-feira) não continuará a oferecer seus serviços. Ao longo de sua história, o CPN, primeiro centro de parto normal da Rede Cegonha do país, registrou 6.696 partos, uma média de 32 por mês, e uma taxa de mortalidade materna zero.

Após uma última reunião realizada com a Sesab, na última segunda-feira (11), a Mansão do Caminho decidiu dar continuidade à oferta dos serviços de pré-natal à comunidade, mas os partos, que anteriormente aconteciam no Centro de Parto Natural (CPN), em seus cinco leitos, devem ser absorvidos pelo Estado, que propuseram encaminhamento para a Maternidade Albert Sabin, já que não existe uma proposta oficial que garanta a segurança financeira dos serviços prestados e da própria continuidade da Mansão do Caminho.