Tive a honra de participar nas últimas semanas de dois momentos marcantes. Assinamos termos de cooperação que representam a retomada da indústria naval, do petróleo e do gás na Bahia.
O estaleiro Enseada em São Roque do Paraguaçu, Maragogipe, ressurge após sua destruição durante o período dos governos Temer e Bolsonaro. Único estaleiro de 5ª geração no Brasil e com uma área equivalente a 1,6 milhões de metros quadrados, renasce já com encomendas de 80 barcaças mineraleiras, com amplas possibilidades de ampliação, sobretudo pelas disputas em licitações da Transpetro.
Imaginar que o guindaste “Golias”, o maior da América Latina, estava se deteriorando sem uso, reacende a esperança de que possamos voltar a produzir plataformas de petróleo e outras embarcações que gerem maior valor agregado para nossa economia. A expectativa é que sejam gerados já no primeiro ano 1200 novos postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. Imaginem que no passado já tivemos 7 mil trabalhadores atuando no empreendimento.
Outra notícia alvissareira é que participamos, em Alagoinhas, do anúncio da provável instalação de uma refinaria por uma empresa privada. Além disso a Petrobras já contratou três novas sondas de perfuração para operar na Bahia, com um investimento de R$ 2 milhões, valor que é duplicado quando são incluídos os recursos destinados ao processo de preparação e logística da operação.
O plano de negócios da Petrobras prevê, em cinco anos, perfurar 100 novos poços de petróleo e gás e aumentar o número de sondas de produção, passando de 13 para 23 unidades, além da formação de uma nova equipe de exploração para atuar na Bahia, em busca de novas concessões e áreas de exploração. O que pode dobrar a produção de petróleo no estado com investimentos de R$3 bi no quinquênio.
Para aproveitar essa janela de oportunidades, vamos promover um amplo programa de qualificação profissional, em parceria com instituições, a exemplo do SENAI, para que a mão de obra local seja contratada, melhorando a renda no interior do estado, descentralizando o desenvolvimento.
Fechamos 2024 com a menor taxa de desocupação dos últimos 10 anos na Bahia e em janeiro de 2025 lideramos a geração de postos de trabalho com carteira assinada no Nordeste. Sabemos, no entanto, que ainda há muito por fazer.
Todo o nosso time tem se empenhado para a Bahia avançar em diversas áreas. Sob a liderança do nosso Governador Jerônimo Rodrigues, temos buscado aproveitar a nova política industrial implementada pelo Governo Lula, gerando resultados positivos na empregabilidade e na atração de novos negócios.
Enfrentar a situação de vulnerabilidade social passa por inclusão produtiva de amplas parcelas do nosso povo. Essa tem sido nossa missão e estamos entusiasmados com as potencialidades.
*Augusto Vasconcelos
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia