A secretária da Igualdade Racial, dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães, detalhou a relação da festa junina com a população negra do estado, creditando, ao evento, uma maneira genuína das expressões culturais. De acordo com Ângela, a Sepromi tem atuado no bojo das festas populares.
“A Bahia é o estado com maior concentração da população negra, né? Fora do continente africano, então em cada canto desse estado há uma presença massiva que se expressa nas formas de ser, de organizar, nas expressões culturais, né? Que marcam esse São João da diversidade”, iniciou a secretária em entrevista concedida ao BNews, na última terça-feira (6), durante anúncio do São João da Bahia 2023.
“O forró do trio pé de serra, do piseiro, do samba junino, das variadas expressões aí do que é a nossa cultura do interior e da capital. E a nossa secretaria tem atuado no bojo das festas populares. Nós começamos esse ano atuando na festa de Iemanjá, passamos pelo Carnaval, festas de emancipação e datas magnas de várias cidades do interior, feiras agropecuárias, feiras de economia solidária”.
São João na Bahia 2023
A secretária destacou ainda que a Sepromi vai circular entre oito a dez cidades do interior da Bahia com a campanha ‘São João Sem Racismo’. “Porque a gente quer assegurar que mais uma vez, assim como o Carnaval, seja uma festa da diversidade, da celebração, do encontro, do arrasta pé, das comidas juninas, da celebração da nossa cultura popular. E seja uma festa que não ocorra episódios de racismo e nem de intolerância religiosa”, enfatizou.
“Então a gente vai estar com essa campanha com materiais próprios e também com a atuação do na nossa unidade móvel do Centro de Referência de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa Nelson Mandela”, completou Ângela Guimarães.