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Aladilce defende maior presença de mulheres na política: “somos sub-representadas”, diz

6 agosto, 2024

Das 43 cadeiras de vereadores na Câmara de Salvador, apenas oito são ocupadas por mulheres na atual legislatura. Uma sub-representação, constata a ex-vereadora Aladilce Souza (PCdoB), confrontando o dado com a participação feminina majoritária na sociedade soteropolitana (54,4%). “O justo seria nós termos maioria, ou no mínimo uma presença bem mais fiel ao perfil da nossa população. Afinal, somos a capital mais feminina do país”, argumentou.

Segundo ela, que já exerceu quatro mandatos na Câmara e é pré-candidata ao quinto, no atual contexto da sociedade as mulheres sofrem mais, pela opressão de gênero cultural e histórica e por que acabam sendo elas responsáveis por cuidar da casa, dos filhos e da família. Portanto, elas têm “um olhar mais sensível para as políticas sociais, para a necessidade de transformação da realidade dos mais desassistidos”.

IBGE aponta só 12,6%

A sub-representação não é uma exclusividade da capital baiana. No interior o quadro é ainda mais negativo para o eleitorado feminino. De acordo com o último Censo do IBGE, de 2022, as 7,3 milhões de baianas (5,6%) contam apenas com 12,6% de representação política. E isso por causa das 20 maiores cidades, porque nas de menor porte a proporção é insignificante. Elas não passam de uma ou duas parlamentares. Nos municípios de Teixeira de Freitas (Extremo Sul), Simões Filho (RMS) e Valença (Baixo Sul) nenhuma mulher foi eleita nas últimas eleições.

“Esse panorama de desigualdade reflete a sociedade excludente, que sempre reservou às mulheres tarefas domésticas e de menor remuneração, sem representatividade. Mas estamos lutando para reverter essa injustiça histórica”, diz Aladilce. E observa que, a exemplo dos seus mandatos, nunca aceitou ficar limitada à presença nas comissões de menor peso para a tramitação de matérias importantes para a cidade, como O PDDU, IPTU e leis orçamentárias.

“Sempre atuei ativamente no plenário, mas também nas comissões mais disputadas como as de Constituição e Justiça e Finanças e Orçamento, porque são elas que decidem os rumos da cidade, por meio de pareceres e emendas aos projetos de lei”, enfatizou a ex-vereadora.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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