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8 de Janeiro: Movimentos sociais realizam ato em Salvador em defesa da democracia

9 janeiro, 2025

Na tarde desta segunda-feira, 8 de janeiro de 2025, movimentos sociais, partidos políticos e lideranças democráticas se reuniram no Campo da Pólvora, em Salvador, para realizar um ato em defesa da democracia e contra a anistia aos golpistas que atentaram contra as instituições brasileiras há dois anos. A manifestação foi organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, das quais o PCdoB faz parte na Bahia.

O ato teve como objetivo relembrar os graves eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, em uma tentativa de subverter o resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização também reforçou a necessidade de responsabilização dos envolvidos, tanto os executores quanto os financiadores do ato golpista.

“Os defensores da liberdade devem sempre lutar contra golpes de Estado e ditaduras. Relembrar o 8 de janeiro e denunciar aqueles que tramaram contra a nossa democracia é tarefa permanente da militância de esquerda”, destacou Geraldo Galindo, presidente do PCdoB na Bahia.

A data foi lembrada como um marco histórico que deve ser registrado para evitar a repetição de ataques à democracia. O ato também fez um paralelo com o golpe militar de 1964, que instaurou uma ditadura no Brasil por mais de duas décadas. Assim como naquele período, os organizadores do evento alertaram para o perigo da impunidade e para a necessidade de medidas concretas contra os que atentam contra o Estado Democrático de Direito.

“A democracia brasileira ainda é jovem e tem seus limites. E a extrema direita sempre buscou golpeá-la, como em 8 de janeiro de 2023, quando tentaram cassar o mandato conferido pelo povo brasileiro a Lula. O ato de hoje tem o objetivo não apenas de manter viva a memória da tentativa golpista, mas também exigir prisão para seus responsáveis. O Brasil tem uma dívida com sua história: se permitiu impunidade aos golpistas de 64, não pode permitir que isso volte a ocorrer com os golpistas do presente”, afirmou Caio Botelho, secretário de Movimentos Sociais do PCdoB.

A presença do PCdoB no ato reafirma o compromisso do partido com a defesa da democracia e com a construção de um Brasil mais justo. A mobilização também simboliza o papel ativo das frentes populares em lutar contra o autoritarismo e em promover uma memória coletiva que fortaleça a resistência e impeça retrocessos históricos. Como ecoado durante a manifestação: “Lembrar para não esquecer” é o compromisso de quem defende a liberdade e a justiça.

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